ACNUR pede solidariedade internacional contínua para enfrentar o deslocamento e a insegurança no Haiti

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ACNUR pede solidariedade internacional contínua para enfrentar o deslocamento e a insegurança no Haiti
ACNUR pede solidariedade internacional contínua para enfrentar o deslocamento e a insegurança no Haiti (Foto: Reprodução)

Brasília, 07 de outubro de 2024 - A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) pede maior e urgente atenção, apoio e soluções para os haitianos afetados pela violência e insegurança, incluindo aqueles que têm sido forçados a se deslocar.


O Alto Comissário Assistente de Operações do ACNUR, Raouf Mazou, concluiu na semana passada uma visita de três dias ao Haiti, onde presenciou o impacto devastador da grave situação de segurança do país. Grupos armados restringiram severamente o acesso à ajuda humanitária essencial, agravando a crise para as comunidades vulneráveis, com efeitos devastadores para as gerações futuras.


Mais de 700 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas, fugindo da violência dos grupos armados e da consequente insegurança generalizada. Muitas enfrentam graves escassez de alimentos, água, abrigo e cuidados médicos, além de correrem riscos de proteção severos, como Mazou ouviu de pessoas que conheceu em locais para deslocados internos na capital Porto Príncipe e em Ouanaminthe, na fronteira.


"Agora, mais do que nunca, os haitianos precisam do nosso apoio coletivo, e não podemos fechar os olhos", disse Mazou. "Aumentar o financiamento, melhorar a segurança e fortalecer a solidariedade internacional são essenciais para fornecer assistência humanitária que salva vidas e restaurae a estabilidade e a esperança no Haiti."


Durante seu tempo em Porto Príncipe, Mazou se encontrou com partes interessadas importantes, incluindo o Primeiro-Ministro Interino Garry Conille, a Ministra das Relações Exteriores Dominique Dupuy, o Ministro de Assuntos Humanitários Gaspard Herwil, autoridades do Ministério da Justiça, a Representante Especial do Secretário-Geral (SRSG) para o Haiti e Chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti (BINUH) Maria Isabel Salvador, a Coordenadora Humanitária da ONU Ulrika Richardson, e chefes de outras agências da ONU e parceiros. Mazou reafirmou o compromisso do ACNUR em apoiar as autoridades haitianas e os esforços da equipe da ONU no país para atender às necessidades de proteção e humanitárias dos haitianos no país e em toda a região da América Latina e Caribe.


O ACNUR trabalha no Haiti para melhorar o acesso ao registro de nascimento, uma questão crítica que garante que os haitianos possam exercer seus direitos e evitar a apatridia. Fora do Haiti, o ACNUR continua a dialogar com governos e parceiros para garantir que os haitianos tenham acesso à proteção e soluções. Vários países nas Américas e além estão oferecendo diversas formas de proteção e arranjos legais de permanência para os refugiados haitianos.


Apesar da crescente urgência da crise, o financiamento para a resposta humanitária no Haiti continua criticamente baixo. O Plano de Resposta Humanitária para 2024 solicitou US$ 674 milhões e, atualmente, está financiado em apenas 39%. O ACNUR pede à comunidade internacional que aumente seu apoio para atender as necessidades humanitárias e busque soluções para as populações deslocadas no Haiti e para as pessoas que são forçadas a deixa

rem o país.


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