Oportunidades na construção civil no sul atraem trabalhadores de todo o Brasil

Paraná lidera as contratações de trabalhadores, seguido do Rio Grande do Sul

Oportunidades na construção civil no sul atraem trabalhadores de todo o Brasil
Oportunidades na construção civil no sul atraem trabalhadores de todo o Brasil (Foto: Reprodução)

Oportunidades na construção civil no sul atraem trabalhadores de todo o Brasil

Paraná lidera as contratações de trabalhadores, seguido do Rio Grande do Sul


O setor da construção civil continua a impulsionar o mercado de trabalho brasileiro, com destaque para a Região Sul. De acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), em julho de 2024 foram criadas 19.694 novas vagas no setor da construção, elevando o número total de empregos formais para 2.948.251 Paraná e Rio Grande do Sul foram os estados que mais contrataram, com o Paraná liderando esse cenário, com 2.173 vagas no setor, seguido por Rio Grande do Sul. 


 


Os números refletem um cenário de expansão no Sul do Brasil, impulsionado por grandes projetos de infraestrutura e pelo crescimento contínuo do mercado imobiliário. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontou um crescimento de 3,5% no segundo trimestre de 2024, superando as expectativas econômicas. O aquecimento do setor tem atraído trabalhadores de diversas regiões, em busca de melhores oportunidades e estabilidade no emprego. 


 


Outro ponto de destaque é o salário médio de admissão no setor, que atingiu R$ 2.308,36 em julho, superior à média nacional de admissão em outros setores, que foi de R$ 2.161,37. De acordo com Paulo Antonio Kucher, vice-presidente comercial Lyx Empreendimentos e Participações, esses dados mostram que a construção civil não apenas oferece estabilidade, mas também remunera acima da média, tornando o Sul do país um polo atrativo para trabalhadores de diversas regiões. “Só no setor imobiliário, há uma grande demanda por esses profissionais, que têm vindo para o Sul atrás de oportunidades e melhor qualidade de vida”, comenta.  


 


Além da geração de empregos, o setor está fortemente ligado à retomada de projetos do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que registrou um aumento de 65,9% nos lançamentos de unidades habitacionais. Isso tem impulsionado a construção de edifícios e obras de infraestrutura em todo o país, reforçando a demanda por profissionais qualificados. “É um segmento que ganhou muita força nos últimos meses e a busca por profissionais para atuar nas obras aumentou em todas as empresas que atendem esse público”, afirma Kucher.  


 


Somente a incorporadora está, atualmente, com mais de 400 oportunidades abertas para diversas funções, como pintores, serventes, carpinteiros, pedreiros, eletricistas, bloqueiro de alvenaria estrutural, assentador de revestimento cerâmico, entre outras funções. Os profissionais estão sendo contratados para trabalhar nos empreendimentos na Região Metropolitana de Curitiba e na Grande Porto Alegre, onde a empresa está com 12 obras em andamento. “A construção civil é um setor estratégico para a economia brasileira e muitos trabalhadores preferem vir para o Paraná ou Rio Grande do Sul por causa da remuneração e dos benefícios oferecidos”, salienta.  


 


É o caso do pedreiro Elias Carneiro Filho, 53 anos, que trocou a cidade de Passos do Lumiar, no Maranhão, pelas oportunidades de trabalho em Curitiba. A chance de atuar nas obras da Lyx Empreendimentos e Participações permitiram que ele e a família voltassem a sonhar com melhores condições de vida. Além de ter acesso a benefícios como vale-alimentação, vale-transporte, moradia e plano de carreira, ele ressalta o salário, bem acima da média do que pagam em sua região, coma vantagem de ter ainda os direitos trabalhistas garantidos. “Lá no Maranhão a mão de obra na construção civil é pouco valorizada”, comenta.  


 


A história é semelhante a do seu colega, o também pedreiro Wanderson Rodrigues, 39 anos. Ele trocou São Luís, no Maranhão, por Curitiba para conseguir recursos para finalizar a construção da casa onde vive sua família. “Onde eu estava, isso não era possível, o salário era muito baixo e não sobrava dinheiro”, relata. “Aqui eu consegui melhorar financeiramente, quitar as dívidas e voltar a fazer projetos”, afirma.  


 

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