Novembro Azul: cresce número de exames de diagnóstico de câncer de próstata
Envelhecimento da população e postergação de exames causada pela pandemia estão entre as causas da alta
Um levantamento da startup catarinense LifesHub, especializada em inteligência de dados e mercado, mostra que nos últimos anos houve alta significativa na busca por exames de PSA, usados para diagnóstico de câncer de próstata - segundo mais comum na população masculina do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Entre aqueles com mais de 40 anos, houve aumento de 97,2% no total de análises feitas pelo SUS entre 2018 e 2023. Foram 403,4 mil avaliações seis anos atrás, 795,6 mil no ano passado e 565,5 mil até outubro de 2024.
Na saúde privada, os números também têm trajetória ascendente. Beneficiários de planos de saúde realizaram 854,4 mil análises de PSA em 2020. O número superou a casa de 1 milhão de exames no ano seguinte e chegou a 1,2 milhão em 2022, um salto de 40% em apenas três anos.
O CEO da LifesHub, Ademar Paes Júnior, diz que a expansão dos últimos anos reflete uma série de fatores. Um deles é o “represamento” de procedimentos nos anos da pandemia. “Infelizmente, as pessoas deixaram de fazer alguns exames e atrasaram diagnósticos durante a crise da Covid. Essa postergação fez crescer o número de exames em 2022 e 2023”.
Em 2020, mostram dados da LifesHub, o número de exames PSA realizados em homens com mais de 40 anos foi 15% menor do que o registrado no ano anterior. Além disso, Ademar acrescenta que o envelhecimento da população impacta diretamente na busca por exames, nos diagnósticos e no custo dos tratamentos com o câncer de próstata, já que a doença é bastante prevalente entre indivíduos com mais de 60 anos.
“Os dados permitem identificarmos que há uma alta no número de exames realizados após o fim da pandemia e também no total de diagnósticos e de despesas com tratamentos. Informações como essas são importantes para tomarmos decisões para melhorar o atendimento à população, reforçando a prevenção e a conscientização sobre a doença”, diz o CEO da Lifeshub.
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