O que o varejo precisa saber sobre as mudanças no Pix anunciadas pelo Banco Central

Ajustes e novas funcionalidades da modalidade devem impactar o uso por lojistas

O que o varejo precisa saber sobre as mudanças no Pix anunciadas pelo Banco Central
O que o varejo precisa saber sobre as mudanças no Pix anunciadas pelo Banco Central (Foto: Reprodução)

São Paulo, maio de 2025 – O Pix já se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado no Brasil. Segundo a pesquisa “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, divulgada pelo Banco Central em 2024, 76,4% da população brasileira utiliza o sistema. Lançado há apenas quatro anos, continua sendo aprimorado pelo Banco Central, que divulgou novas mudanças a serem implementadas. Segurança e praticidade são o foco das novidades, que devem impactar tanto os usuários comuns quanto o comércio — que, por sua vez, precisa estar preparado para as alterações. 


“Enquanto algumas ações como o Pix parcelado beneficiam principalmente Pessoas Físicas, outras como o Pix em garantia são especialmente relevantes para varejistas”, comenta Leonardo Moreira Gomes, cofundador e CEO da https://paytime.com.br/, startup especializada em soluções de pagamento digital. “De qualquer modo, é importante que os lojistas fiquem atentos a todas essas novidades, para saber utilizar o Pix da melhor forma e entender os novos comportamentos do consumidor na hora de pagar”.


O Pix parcelado mencionado por Leonardo exemplifica a possível mudança comportamental. Previsto para ir ao ar em setembro deste ano, a funcionalidade permitirá que usuários transfiram um valor imediatamente e contraiam um crédito para parcelar, como funciona no cartão de crédito, mas sem necessidade do mesmo. “Para o comerciante isso pode ser interessante, porque tira de suas mãos a necessidade de cobrar a mais para cobrir juros de maquininhas. O próprio comprador realiza a operação no celular e aceita as condições, sem que a loja sequer precise saber que o Pix foi parcelado”, diz.


Já o Pix em garantia é voltado para o comércio em si. Ele permitirá que as empresas usem recebíveis futuros como garantia em operações de crédito; é uma chance de empreendedores conseguirem juros mais baratos. A implementação está prevista para 2026.


Outra mudança anunciada é a exclusão de algumas chaves Pix a partir de julho como medida de segurança contra fraudadores. A maioria está ligada a CPFs com inconsistências na Receita Federal, mas há alguns CNPJs na lista: os baixados, os suspensos e os inaptos, ou seja, empresas que não apresentaram demonstração financeira e contábil por dois anos. “Se o seu negócio não estiver em nenhuma dessas categorias, a exclusão não deve te afetar. Mas vale lembrar que quem usa chaves aleatórias não poderá mais alterar as informações, assim como as chaves de e-mail não podem mais mudar de titularidade”, ressalta Leonardo.


Ainda no quesito segurança, o CEO destaca outras duas mudanças relevantes: a diferenciação de comprovantes e o autoatendimento no Mecanismo Especial de Devolução (MED). O primeiro já vale desde o início de maio e consiste na obrigatoriedade de comprovantes de agendamentos de Pix terem o termo "Agendamento Pix" e ícone de relógio e calendário visíveis. Já os comprovantes de Pix realizados precisam conter o ícone de check. “Isso é muito importante para que lojistas tenham uma informação visual fácil quando compradores mostram seus comprovantes. Nos últimos anos, tornou-se comum o golpe no qual o Pix é agendado ao invés de concluído e, na pressa, os vendedores não percebem a diferença do comprovante. Depois o agendamento é cancelado e a loja fica sem o valor”, explica o especialista.


Já o autoatendimento no MED é um meio de agilizar a contestação em caso de fraudes ou erros operacionais comprovados com Pix. Com o processo acelerado, aumentam as chances de bloquear os recursos transferidos erroneamente e sua devolução às vítimas. “É muito positivo que existam meios tanto para prevenir golpes quanto para agir caso eles aconteçam. O varejo sempre corre riscos durante pagamentos, então é essencial que os comerciantes saibam utilizar essas funcionalidades ao seu favor”, conclui Leonardo.


Sobre a Paytime


A   https://paytime.com.br/ é uma Fintech As A Service, que tem como objetivo democratizar o mercado de pagamentos e serviços bancários no Brasil. Fundada em 2018, está presente em todos os estados do país e possui mais de 250 mil clientes cadastrados, além de transacionar cerca de R$ 15 bilhões por ano. É a primeira fintech brasileira White Label e no-code por assinatura e oferece toda a estrutura tecnológica e regulatória necessária para a operação com maquininhas de cartões, contas digitais e outras soluções financeiras.



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