Em 2023, ACNUR respondeu ao maior número de emergências humanitárias da última década

Fonte: agência ONU para Refugiados

Em 2023, ACNUR respondeu ao maior número de emergências humanitárias da última década
Em 2023, ACNUR respondeu ao maior número de emergências humanitárias da última década (Foto: Reprodução)

Em 2023, ACNUR respondeu ao maior número de emergências humanitárias da última década

Em 2023, ACNUR respondeu ao maior número de emergências humanitárias da última década

Em 2023, o ACNUR respondeu a diversas crises ao redor do mundo: terremotos na Síria, na Turquia e no Afeganistão; novo conflito no Sudão; recrudescimento de antigos conflitos em Karabakh (entre Azerbaijão e Armênia) e na Somália; crises prolongadas na Venezuela, outros países da América Latina e na República Democrática do Congo; inundações na Líbia e no Chifre da África… 

No total, a Agência da ONU para Refugiados trabalhou para salvar vidas e proteger refugiados em 43 emergências em 29 países, o maior número dos últimos 10 anos. O dado é do novo Relatório de preparação e resposta a emergências em 2023, disponível em inglês. Essas crises forçaram milhões de pessoas a se deslocar, fazendo com que o total de refugiados passasse de 114 milhões no mundo — 5,6 milhões a mais que no fim de 2022. 

"Os números não contam histórias reais. Mas há um número — 114 milhões — importante para iniciar a nossa reflexão. 114 milhões é o número de pessoas que as perseguições, as violações dos direitos humanos, a violência, os conflitos armados e as graves perturbações da ordem pública forçaram a deixar as suas casas", ressaltou o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, no Fórum Mundial sobre Refugiados de 2023. "São 114 milhões de sonhos desfeitos, de vidas desfeitas, de esperanças interrompidas. É um número que reflete uma crise — na verdade, muitas crises — da humanidade. Mas representa também a generosidade e a hospitalidade dos povos que abrem os seus corações e as suas casas aos que são forçados a se deslocar".

A alta do número de emergências humanitárias deve continuar em 2024, com a expectativa de que o número de pessoas forçadas a se deslocar passe de 130 milhões até o fim do ano. Assim, a necessidade de solidariedade e apoio às pessoas refugiadas nunca foi tão importante.

Faltam recursos para ajudar milhões de refugiados 

Graças ao apoio generoso de doadores públicos e privados, o ACNUR agiu rapidamente diante de emergências globais, fornecendo serviços de proteção capazes de salvar as vidas das pessoas mais afetadas pelas crises. Os suprimentos e itens emergenciais enviados ajudaram 16,7 milhões de refugiados. No entanto, muitos mais precisam de ajuda. 

Para responder às emergências, o ACNUR entregou suprimentos de emergência no valor de R$ 263,9 milhões, enviados por meio de transporte aéreo (3.270 toneladas), rodoviário (18.890 toneladas) e marítimo (10.695 toneladas).  

Foram enviados 7,4 milhões de itens essenciais de ajuda humanitária, incluindo mais de 2,4 milhões de cobertores, 1,3 milhão de colchonetes, 1,2 milhão de lonas plásticas, 638 mil mosquiteiros, 525 mil lâmpadas solares, 506 mil conjuntos de cozinha, 57 mil tendas, entre outros artigos. O ACNUR mobilizou mais de 300 equipes e parceiros para atuar em emergências. 

Apesar de ter arrecadado mais de R$ 24,6 bilhões em 2023 (sendo R$ 22,7 bilhões destinados a emergências e crises prolongadas) graças às generosas contribuições de doadores, o ACNUR ainda precisaria de R$ 1,9 bilhão até o fim do ano para conseguir prestar toda a assistência necessária às 114 milhões de pessoas forçadas a se deslocar em todo o mundo. 

Por isso, fazemos um apelo: precisamos da colaboração financeira daqueles que apoiam o nosso trabalho humanitário para que a totalidade de recursos demandada para a nossa operação de 2024 seja atingida. Isso garantirá que os refugiados possam obter a ajuda necessária para viver em segurança.

"No ano passado, vimos um aumento impressionante de emergências, com novas crises se desenrolando e outras não resolvidas se deteriorando, ultrapassando os limites de nossa capacidade de resposta. A escala do sofrimento humano é incomensurável e um forte lembrete do imperativo da ação coletiva e da solidariedade", afirma Dominique Hyde, diretora de Relações Externas do ACNUR. 

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